Conheça Stephan Martiniere, o ilustrador por trás da super metrópole na capa do “Sonic Highways”

Stephan Martiniere ajudou a projetar o mundo de Jogos Vorazes e a galáxia em Guardiões da Galáxia. No final dos anos oitenta e início dos anos noventa, seus especiais de Madeline ganharam um punhado de prêmios, e alguns anos mais tarde, ele começou a desenhar o “Onde está Wally?”. Mais recentemente, o ilustrador (que nasceu em Paris e vive em Dallas) supervisionou os efeitos visuais para o videogame Myst 5 e ajudou a Disney e Universal a criar passeios temáticos da vida real. A abelha nos comerciais da Cheerios? Foi ele também.

No início deste ano, Martiniere teve a chance de projetar sua primeira capa de álbum, ajudando uma de suas bandas favoritas, o Foo Fighters, a representar suas “estradas sônicas” em detalhes. Em uma noite recente, o auto-intitulado “coruja da noite” descreveu como ele se tornou uma parte do universo do Foo Fighters.

 

Angel City

Angel City

RS: Como você se envolveu no projeto de “Sonic Highways”?

SM: Recebi um telefone de uma empresa vários meses atrás, na época eles estavam lançando a campanha publicitária. Eles conheciam meu trabalho, e sabiam que eu sou bom em desenhar cidades detalhadas.

Eles procuravam fazer uma capa que seria uma representação de todas as cidades onde a banda tocou. E também procuravam por algo que fosse realmente detalhado, pois pelo o que eu entendi, eles queriam encolher as cidades em nove fragmentos, cada um representando uma das cidades onde eles foram. Eu pulei na oportunidade, pois era algo muito legal – foi a primeira vez que eu fiz uma capa de CD. E você sabe, eu sou um grande fã do Foo Fighters, não dava pra dizer “não”.

 

RS: Qual foi o seu processo para fazer a capa do álbum?

SM: Essa capa em particular foi bem semelhante ao trabalho que eu geralmente faço, exceto que eu tive que ser bem detalhista – mais do que o normal. Quando eu soube exatamente qual era a ideia, qual era a mensagem que a capa deveria passar, eu não precisei de muito mais. Então eu comecei a fazer camadas com todas as imagens, todas as referências e, depois disso, foi um processo passo a passo. Os mostrei os primeiros passos em termos do que estava fazendo, da paleta de cores, a ideia de iluminação e o tipo de detalhes que estava começando a colocar na ilustração. E depois foi um vai e vem com os diretores de arte até o fim.

 

RS: Você ouviu o álbum do Foo Fighters?

SM: Não o álbum inteiro, algumas músicas apenas. Eu sou um enorme fã deles, então estou ansioso para ouvi-lo. Para ser honesto, estou esperando os CDs ainda, pois eles me prometeram que, como eu fiz a capa, eles me mandariam vários deles.

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RS: Além disso, o que te deixa animado na arte, tecnologia ou ficção científica agora?

SM: Tudo que representa um desafio visual. No caso do Foo Fighters, foi realmente um desafio porque eu tive que fazer algo muito detalhado e em escala gigante, e pensar um pouco fora da caixa, pois eu sou mais especializado em ficção científica e fantasia. Tinha que ser algo bem mais convencional, mas que também tem um ar único – algo que seja fantástico mesmo não sendo ficção científica ou fantasia.
Fonte: Rolling Stone
Tradução: Stephanie Hahne